sábado, 10 de agosto de 2013

Resenha do livro 'Gélido' by Tess Gerritsen


Título: Gélido
ISBN: 9788501092328
Páginas: 368
Edição: 1ª
Editora: Editora Record
Ano: 2013

Sinopse: A médica-legista Maura Isles reencontra um antigo amigo da faculdade durante um congresso e resolver partir em uma viagem com ele e seu grupo. Porém, um acidente com o carro em meio a uma nevasca os leva ao inóspito e abandonado vilarejo de Kingdom Come, onde algo terrível parece ter ocorrido. Enquanto isso, a detetive Jane Rizzoli recebe a notícia do desaparecimento da amiga e decide investigar seu destino. Assim, enquanto tenta descobrir o que houve com Maura, embrenha-se em uma trama envolvendo uma misteriosa seita e seus segredos do passado.

Resenha:
Não há como descrever exatamente em palavras o quanto eu gostei desse livro. Tess Gerritsen, como escritora de thrillers médicos de suspense, só melhora a cada livro dessa série bem sucedida, e você vai se pegar virando uma página atrás da outra até ter devorado todo o livro e ficar com aquele gostinho de quero mais. Talvez, até mesmo um pouco depressivo por ter que se desapegar desse universo tão rico e seus personagens complexos e envolventes.

Tudo começa, quando a metódica e eficiente patologista Maura Isles viaja para Wyoming a fim de participar de um congresso e reencontra um antigo colega de faculdade, o impulsivo e otimista Doug. Cansada e desapontada com Daniel Brophy, cuja esposa, a igreja, os obriga a manterem seu relacionamento afastado da vista dos conhecidos e do seu rebanho de fiéis, ela acaba por aceitar o convite de Doug para esquiar com sua filha e alguns amigos. Maura só não contava que uma nevasca e uma falha no sistema de Gps os deixasse completamente isolados no meio do nada, quando o carro em que eles viajavam sucumbe as intempéries do mau tempo e atola na lateral da estrada.

Completamente isolados, sem sinal de celular e, ou qualquer perspectiva de conseguir ajuda, o grupo busca refúgio e acaba encontrando uma estrada que os leva a um estranho vilarejo, chamado Kingdom Come, com algumas poucas casas idênticas e abandonadas, como eles descobrem assim que começam a vasculhar uma delas. Maura consegue sentir que algo terrível acontecera naquele lugar, a ponto de obrigar seus moradores a abandonarem suas casas com as janelas abertas, em meio às refeições e deixando praticamente tudo para trás; desde animais de estimação aos carros estacionados nas garagens. Contudo, ao se deparar com pegadas, a médica descobre que algo, ou alguém está à espreita lá fora, os observando à distância; aguardando silenciosamente.

Os dias passam e quando a médica não retorna a Bostom, Brophy pede a ajuda a detetive Jane Rizzoli, da unidade Homicídios de Boston. Mas ela não lhe dá muita atenção a princípio, preferindo acreditar que, na verdade, a amiga esteja apenas dando um tempo para si mesma e tentando encontrar, talvez, nos braços de outro, aquilo que não encontra nos de Brophy. No entanto, ao receber uma ligação do detetive responsável pela investigação de um incidente ocorrido num despenhadeiro de uma montanha emWyoming, lhe informando que o corpo carbonizado de sua amiga fora encontrado, ela sabe que é hora de agir e descobrir o que levou a médica àquela terrível situação, para ela, inaceitável. Pois, conhecendo sua amiga como conhecia, ela tinha certeza que estando em poder de sua consciência, a médica jamais cometeria aquele conjunto de ações malfadadas e imprudentes que a levaram a morrer tragicamente daquela forma.

Jane começa a investigar o tortuoso passado de Kingdom Come e se depara com uma seita religiosa, cujas ações implacáveis e controversas de seu líder, a levam a crer que ele seja o responsável pelo trágico destino dos moradores daquele lugar. E enquanto novas e aterradoras revelações veem à tona, Jane é obrigada a encarar a terrível verdade a qual ela insistentemente se recusa a acreditar: a verdade por trás do trágico e assustador destino de Maura.

O livro é ótimo, como já mencionei no início, e não fosse alguns erros de revisão e até mesmo a escolha de palavras na construção de algumas frases ― eu havia me habituado à narrativa  do Alexandre Raposo ―, eu daria nota 5. Portanto, e por esse motivo, numa escala de 0 a 5, o livro leva 4 estrelas.

Espero que tenham gostado, e até a próxima.